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A frase “Fazei isto em memória de mim” (em latim, Hoc facite in meam commemorationem), registrada na Bíblia, constitui um dos pilares da liturgia e da teologia cristã, sendo o mandamento central da celebração da Ceia do Senhor, também conhecida como Eucaristia. Encontrada prominentemente na Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios e no Evangelho de Lucas, a instrução de Jesus Cristo na noite em que foi traído estabelece um memorial de seu sacrifício e da nova aliança selada em seu sangue.
As passagens bíblicas que contêm esta ordenança são principalmente 1 Coríntios 11:23-26 e Lucas 22:19-20. Nestes relatos, durante a última ceia com seus discípulos, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim”. De modo semelhante, após a ceia, tomou o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vós”.
Conteúdo
O Contexto em 1 Coríntios
O apóstolo Paulo dirige-se à igreja em Corinto para corrigir desordens que estavam ocorrendo durante a celebração da Ceia do Senhor. Havia divisões e um desrespeito ao significado profundo do ato. Ao recordar as palavras de Jesus, Paulo não apenas reitera a fórmula da instituição, mas também enfatiza a natureza memorial e proclamadora da Ceia. Ele esclarece que, “todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha” (1 Coríntios 11:26).
Portanto, “fazer em memória” não é um mero recordar passivo, mas uma participação ativa e uma proclamação da morte redentora de Cristo. É um ato que une a comunidade de fé, lembrando-os do fundamento de sua salvação e da esperança futura em seu retorno.
Significado Teológico
A ordem de Jesus para celebrar este memorial carrega um profundo significado teológico:
O Corpo e o Sangue: O pão partido simboliza o corpo de Cristo entregue na cruz, e o cálice representa seu sangue, que sela a “nova aliança”. Esta nova aliança, profetizada no Antigo Testamento (Jeremias 31:31-34), substitui a aliança mosaica e é baseada no perdão dos pecados através do sacrifício de Cristo.
Memorial e Presença: A Ceia é um memorial do sacrifício único e suficiente de Jesus. Para muitas tradições cristãs, é também um momento de comunhão real e espiritual com o Cristo ressurreto, que se faz presente de uma maneira especial no meio do seu povo.
Proclamação e Esperança: Ao participar da Ceia, os cristãos proclamam a mensagem central do evangelho – a morte de Cristo pela humanidade – e expressam sua esperança na sua segunda vinda.
Unidade do Corpo de Cristo: A celebração é um ato comunitário que simboliza a unidade dos crentes em um só corpo, a Igreja, através da participação comum no pão e no cálice.
Diferentes denominações cristãs interpretam a natureza da presença de Cristo na Ceia de maneiras variadas (transubstanciação, consubstanciação, presença espiritual ou memorial simbólico), mas todas convergem na importância fundamental de obedecer ao mandamento de Jesus: “fazei isto em memória de mim”, um ato que continua a ser o centro da adoração cristã há mais de dois milênios.
Fazei Isto em Memória de Mim: O Versículo em 1 Coríntios na Bíblia Almeida Corrigida
A instrução de Jesus, conforme registrada na Bíblia, especificamente no livro de 1 Coríntios, é um pilar para a fé cristã. Na tradução de Almeida Corrigida, o versículo descreve vividamente o momento em que o Senhor, na noite em que foi traído, estabeleceu um memorial perpétuo. O texto narra que Ele, tendo dado graças pelo pão em um ato de profunda consagração e gratidão ao Pai, o partiu e disse: “Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim“. Este gesto simples, mas carregado de significado, inaugurou a Ceia do Senhor, um mandamento para que todos os seus seguidores o repetissem.
Memória de Mim: A Análise do Versículo de 1 Coríntios na Bíblia Almeida Corrigida
Ao examinar o texto sagrado da Bíblia, na versão Almeida Corrigida, o versículo que contém a ordem “fazei isto em memória de mim” em 1 Coríntios revela a essência do evangelho. A passagem detalha a ação de Jesus, que, ao tomar o pão e tendo dado graças, demonstrou submissão e comunhão com a vontade divina. Logo em seguida, Ele o partiu e disse aos seus discípulos que aquele pão simbolizava seu corpo a ser sacrificado. A ordem para continuar realizando este ato “em memória de mim” não é apenas um chamado à recordação, mas uma proclamação contínua de Sua morte e ressurreição, um testemunho vivo para todas as gerações.